Acabou a mamata…

Bem, dia 25/06/2010 foi publicada resolução no. 47 do CAMEX (Câmara de Comércio Exterior), trazendo um aumento do Imposto de Importação de 0% para 35% da NCM 8705.10.10 que é a nomenclatura utilizada para importação do guindastes com capacidade maior que 60t com mais de 42,00m de lança.
Como o imposto de importação tem marjoração imediata após sua publicação (assim como os impostos de Exportação, IPI, IOF e CIDE Combustível), todos os equipamentos que não estavam nacionalizados à data da publicação sofrerão aumento.
Então quem tinha equipamento comprado, ou embarcado, ou mesmo no porto e não desembaraçado prepare o bolso, pois terá que arcar com o acréscimo de 35% do valor, que refletirá em todos os cálculos, de armazenagem, impostos, etc.
Este aumento tardio, beneficia diretamente a indústria nacional que tem sido castigada fortemente pelos guindastes chineses, pois além de mais baratos, eles eram mais leves, mais baixos, vinham completos com caminhão e não batassem eram melhores.
O lado negativo é que um país que espera crescimento maior que 5,5% acaba de dificultar a entrada de máquinas, que vale ressaltar são indispensável para obras e infra-estrutura e acaba auxiliando na inflação do preço da locação neste mercado.
Então provavelmente os valores voltarão ao patamar de antes da crise, onde os importadores ganharam muito dinheiro vendendo um equipamento de 70t que na china custava menos U$ 300.000,00 por R$1mi, R$1,2mi.
Ainda assim os equipamentos chineses continuarão competitivos, no entanto, reduzirá o número de novas máquinas e aventureiros no mercado.

4 Comentários to “Acabou a mamata…”

  1. Anonymous says:

    O crescimento da indústria nacional é sem dúvida nenhuma, um dos objetivos primordiais nas políticas econômicas do Estado. Não obstante, o aumento do percentual de importação, vai atingir ou brecar o crescimento das médias empresas, ou pequenas empresas, que mesmo via financiamentos buscavam na taxa 0% seu pilar para entrarem no competitivo mercado da construção civil, que ora se expande.
    Mais uma vez, irão se destacar as grandes empresas e multinacionais, que já têm os equipamentos com capacidade de 60 T,e sem maiores dificuldades compram mais máquinas ou equipamentos com tal capacidade. Os bricantes nacionais, vendem o mesmo equipamento pelo dobro do preço, e sem a mesma qualidade dos que são fabricados no exterior.
    O impulso econômico deve ser como um todo, pois não só empregam trabalhadores as multinacionais ou grandes fabricantes, no Brasil mais da metade dos trabalhadores são das pequenas e micro-empresas.

  2. DAn Takayoshi says:

    Ao invés do governo ajudar as empresas nacionais com investimentos em tecnologia que aumentem a qualidade e processos de produção que aumentem produtividade e reduzam custos, eles fazem o contrario. Além de não ajudarem as empresas nacionais, brecam o crescimento interno de outros setores e não contribuem para o crescimento das empresas estrangeiras. O único ponto positivo é a possibilidade de trazer multinacionais pro Brasil. Mas não concordo com esse "método brasileiro" de resolver os problemas da produção interna. Assim como está acontecendo com a inflação: Ao invés de investir na produção, o governo tem medidas pra diminuir o poder de consumo, como aumento de juros, preços etc.

  3. brancão says:

    vendemos nosso minerio para a china eles derretem e fazem guindastes e vende para nos pela metade do preço de um produto nacional, tentem me fazer compreeder a logica disto!!!!!

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