Conferencia Internacional de Guindastes e Transportes da América Latina

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O evento ocorreu dia 04 de junho de 2013, em São Paulo no hotel Tivoli, reunindo pessoas chaves do ramo de transportes especiais e içamentos. O Brasil vem despontando o seu potencial mundial perante os fabricantes e o mercado internacional de investimentos, por isto a KHL executou esta conferência com extrema excelência.

O setor da construção do Brasil está atualmente no auge. O Mundial 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 precisam de massivos investimentos em infraestrutura. Além disso, há enormes projetos de longo prazo que abrangem aeroportos, geração elétrica, manufatura e desenvolvimentos petroleiros e portuários. A empresa de pesquisa Global Insight prevê um gasto de mais de US$140 bilhões até 2020. Levando em consideração o enorme interesse e os investimentos que estão sendo feitos na América Latina, a KHL traz novamente a segunda Conferência Internacional de Guindastes e Transporte para a América Latina.

Irei comentar a palestras que participei, pois todas fora de extrema importância, para termos um conhecimento geral de mercado.

João Dominici – Vice-presidente executivo SINDIPESA
João fez uma excelente apresentação do cenário atual do Brasil e das perspectiva de investimento e mudança, comparou o Brasil com médias mundiais, de estradas, acidentes e até acostamento, foi muito proveitosa mostrando que a SINDIPESA quer auxiliar as empresas e o progresso brasileiro da forma correta. Alguns dados informados;

  • Hoje 83% das rodovias brasileiras são pista simples
  • 44% das rodovias não possuem se quer acostamento
  • 2km de estradas por habitante, onde a média de países desenvolvidos é de 4,78km por habitante
  • R$1260,00 o custo do contêiner no brasil, R$621,00 em países desenvolvidos
  • Retirar uma licença especial no Brasil pode levar até 10 dias, nos EUA 1 dia

O Brasil necessita TRIPLICAR os investimentos para renovar tanto sua malha viária como o sistema burocrático de controle das rodovias, a velocidade de informação de hoje deve ser nossa aliada.

Sarah Spivey – Diretora Gerente da Modulift
Sarah apresentou as soluções que hoje a Modulift dispõe para o mercado de içamento, informou as falhas que uma amarração incorreta pode causar, além de exemplificar com fotos de acidentes a importancia de realizar um estudo e um teste de carga para os içamentos específico. Hoje a Modulift visualiza o mercado brasileiro como um importante mercado.

Para Sara, nada deve ser complicado demais, e um comentário que ela fez que achei muito interessante e correto é:

“Quanto mais fácil mais seguro” – Complicações geram ruídos que podem causar acidentes.

Simão Marcelino da Silva Tuma – CEO Al Arez Consulting
Como funcionário da Petrobras por muitos anos, Simão trabalhou nos mais diversos serviços de içamento e transportes para a nossa gigante nacional, com isto se transformou em um grande consultor da iniciativa privada para prestação de serviço em estatais, e nos deu a honra de compartilhar seus conhecimentos, visando segurança e o bom caminhar dos projetos. Comentou a importância que os prestadores de serviço precisas encarar cada contrato como um projeto, analisando o escopo, tempo, custo, qualidade, segurança e fatores de comunicação, para sempre prover o melhor serviço possível.

Também fez a critica construtiva aos prestadores de serviço, estes; devem entender que ela faz parte do processo e não que ela é o processo.

Espera que nos próximos anos, a certificação de operadores seja realizada no Brasil, assim como acontece nos países desenvolvidos, mantendo seguro nosso ambiente de trabalho, qualificando a mão de obra.

David Rodrigues – Diretor Comercial Makro Engenharia
Hoje a Makro Engenharia é uma das maiores empresas de içamento e transportes do Brasil, com seu forte mercado no Nordeste, defende executar as melhores e mais seguras soluções em engenharia de movimento.

Baseada em seu tripé, toda e qualquer operação necessita ter controle e qualidade em;

  • Equipamento
  • Normas
  • Fator Humano

Critica que o excesso de normas é tão prejudicial quanto a escassez, pois hoje no brasil existem tantas normas, que torna-se confuso operar respeitando todas elas, além das normas criadas pelos clientes, tornando burocrático, caro e oneroso os serviços.

Prevê que logo nosso operador não será mais comparado com o trabalhador braçal, mas sim comparado com um piloto de avião, pois a cada ano que passa a cabine de operação fica mais parecida com um “cock-pit” de um avião do que com uma máquina de alavancas.

A Makro esta desenvolvendo um sistema de rastreio para auxiliar os operadores e todo o controle de uma empresa prestadora de serviços, a fim de resultar em redução de custo, qualidade e agilidade nas soluções dos clientes.

Deivid Garcia – Diretor de Vendas de Guindastes XCMG
Assessor de Wang Yi – Diretor Geral da ZoomLion para America do Sul
Mencionado como “mesa redonda chinesa” irei apresentar os dois palestrantes em uma parte só. Infelizmente não lembro o nome do Assessor de Wang Yi que não pode comparecer a conferência.

Impressionam os números do crescimento do market-share de equipamentos chineses em terras tupiniquins, em 2004 foi inserido 15 equipamentos chineses, 2006, houve uma pequena expansão; 50 unidades. Agora surpreendam-se; em 2008 foi inserido no mercado mais de 1000 unidades!

Sendo que de 2004 marcas chinesas tinha 0% de market share do mercado nacional e em 2012 este numero passou para 75% em guindastes de até 100t.

Foi investido até hoje 600 milhões de dolares, e em 2015 será alcançado 1,3 bilhões!

Números impressionam, e os planos são estes;

  • 2014 – Finame para equipameto chino-brasileiros, possibilidade de customização
  • 2015 – 70% de market share em guindastes de até 100t, além de exportar a produção brasileira de equipamentos chineses para outros países emergentes.

Hoje a produção chinesa de guindaste é de 60.000 unidades ano, e um grande problema é que o mercado interno chines somente consome 40.000 unidades, fazendo com que o Brasil por ser um grande parceiro e um mercado em expansão absorva a produção pois possui a necessidade.

Um dado importante é que a Zoomlion irá montar uma fabrica em Tatui-SP.

Javier Martinez – Diretor Executivo da Ale para Espanha e América Latina
Javier introduziu um pouco o proposito da Ale, prestadora e fabricante de equipamentos especiais de içamento;

  • Fundada em 1983
  • Atuante em 30 países
  • 1000 funcionários
  • Faturamento anual de 350 milhões de dólares
  • Produz guindastes de anel
  • Produz o Mega Jack
  • Realmente propõe qualquer tipo de solução de içamento, se no mercado não existe, eles fabricam

Joel Oliva – Gerente do programa de desenvolvimento e administração da Comissão Nacional para a Cerificação de Operadores de Guindastes, (NCCCO), Estados Unidos.
NCCCO é a comissão responsavel pela certificação de operadores dos Estados Unidos; para você se tornar um operador certificado nos EUA, você necessita de 5 em 5 anos realizar um teste para averiguar se você realmente possui capacidade operacional técnica para excercer a função.

Joel explicou como funciona nos EUA. A NCCCO iniciou em 1995, é uma entidade não lucrativa, não governamental patrocinada pela industria americana que propoe a relização das operações com maior segurança. Não realiza treinamento, somente testes e expede os certificados. É independente e reconhecida pela industria, exército, marinha e aeronáutica america. Sempre estimula fortes treinamentos e abrange áreas como;

  • Teste de rigger
  • Teste de Sinaleiro
  • Teste de inspetor de guindaste
  • Teste de operador de guindaste

Rubem Penteado de Melo – Diretor da Transtech Engenharia e Inspeção Ltda.
Impressionante quando conhecemos alguém que possui embasamento técnico de uma coisa tão corriqueira e comum  como amarração e que muitas vezes não é levada a sério por nossos transportadores.

Rubem apresentou dados técnicos e precisos sobre como deve ser amarrado cada tipo de carga e a importância de conhecermos o assoalho do transportador e o material transportado para conseguirmos calcular o fator de atrito e fornecermos uma amarração condizente com a mesma.

Também foi fornecido um manual pratico que instrui as melhores formas de amarração de uma carga, seja ela comum ou especial.

Vincent Stenger – Gerente de segurança de produto da Terex e membro da FEM
Palestra técnica sobre as forças dos ventos em içamento e transporte de máquinas em parques eólicos. Vincent demonstrou um organograma de como proceder em áreas como esta, com opções e testes a serem feitos para evitar acidentes, que pela demanda exagerada dos últimos tempos fez com que a velocidade fosse o maior inimigo da segurança

Luciano Dias – Vice-presidente de vendas da Manitowoc, Brasil
Apresentou a Manitowoc e os planos da organização para o mercado brasileiro

O evento foi grandioso, e importante para o setor. Gostaria de agradecer imensamente o convite da Tadano, que esta investindo forte no mercado brasileiro, patrocinando eventos como estes e introduzindo informações ao mercado.

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