Foto: Bruno Santos / Terra
Em comunicado divulgado no início da tarde desta terça-feira, a Odebrecht, “com profunda estranheza e perplexidade”, afirmou que a “caixa-preta” do guindaste que desabou no dia 27 de novembro de 2013 nas obras da Arena Corinthians não registrou qualquer informação da data do acidente. Com isso, o relatório técnico não acrescentou novidades às investigações, ao contrário do que esperava a Polícia Civil.
A “caixa-preta” é, na verdade, um mecanismo de armazenagem de informações operacionais que registrava os dados desde o primeiro dia das obras. Três cópias foram feitas, sendo que uma foi enviada para análise do Instituto de Criminalística, outra para a Locar – empresa terceirizada responsável pelo guindaste, e a última foi embarcada para a Alemanha, sede da Liebherr, empresa fabricante do equipamento, que tinha um prazo de 90 dias para elaborar seu parecer.
“Por intermédio de comunicado recebido do Ministério do Trabalho e Emprego, a Odebrecht Infraestrutura tomou conhecimento ontem, dia 27 de janeiro, que a empresa Liebherr, fabricante do guindaste envolvido no acidente que culminou na morte de dois trabalhadores e danificou parte da fachada leste da Arena Corinthians, no último dia 27 de novembro de 2013, informou àquele órgão que a caixa preta do referido equipamento não teria armazenado quaisquer registros do dia do acidente”, informou a Odebrecht por meio de nota.
O material do HD ficou em análise desde o início de dezembro e poderia indicar se houve erro humano, falha do equipamento ou algum problema no solo, como alegado inicialmente. O relatório poderia forçar novos depoimentos no caso, como explicou o delegado Luiz Antônio da Cruz. Neste cenário, o operador de guindaste José Walter Joaquim, que trabalhava no dia, poderia ser chamado para novos esclarecimentos.
“A Odebrecht espera, assim, que o fabricante (Liehberr) venha a público prestar esclarecimentos técnicos a respeito do ocorrido, bem como dar a devida satisfação às famílias das vítimas, à sociedade brasileira e às autoridades que investigam o acidente”, encerrou o comunicado da Odebrecht, pressionando a empresa alemã.
Fonte
Assim como vocês também estou curioso para saber para onde isto vai, temos somente empresas de grande porte discutindo um acidente de grande porte. Lamentável que houve vitimas fatais, mas que casos como este tragam aprendizado a todos.